Desde cedo sempre tive problemas com a balança, mas aos 14 anos consegui equilibrar o organismo. Fui modelo até aos 22, quando engravidei da primeira filha e engordei 30 quilos. Quando Laryssa nasceu, consegui reduzir o peso rapidamente, mesmo sem conseguir amamentá-la por muito tempo (tenho o bico do seio invertido, ou seja, pra dentro).
Um ano e dez meses depois, nasceu a Lelê. Engordei menos, mas ainda assim, a gravidez me deu um sobrepeso de 20 e poucos quilos.
Fiz diversos exames, que acusaram uma leve disfunção hormonal, que me impedia de tomar anticoncepcionais, e eu retinha muito líquido, ficava bem inchada. Tentei todas as dietas possíveis da época: da sopa, da lua, Vigilantes do Peso.
No início, emagrecia rapidamente, após uns 15 dias, o organismo ficava mais lento, o que os especialistas chamam de "platô".
Achei o método do vigilantes bacana, mas aquela história de pesar tudo era um saco! E comer na rua, era muito complicado! Como voltei a trabalhar, ficava dificil manter o cardapio certinho.
Consegui emagrecer uns 10 kilos, e parei. Com tratamento endocrinólogico, acompanhamento nutricional, sequei. No entanto, a médica receitava formulações que misturavam substancias que hoje todo mundo sabe o quanto fazem mal.
Ao parar de tomar o medicamento, ploft! engordava tudo de novo, ainda mais até do que havia emagrecido. A endocrinologista até então não havia desconfiado de nenhum problema metabólico, mas, por conta de um bócio acentuado (aumento da região da tireoide) resolveu me pedir vários exames de sangue.
Descobri entao um desvio nas minhas taxas hormonais tireoidianas, e tomei mais remédios, todos com receita, avalizados pela médica: fiquei no peso até engravidar da terceira filha.
Além do estresse da separação e do susto da gravidez do namorado, o meu organismo "surtou". Engordei novamente os 30 quilos e tive uma gravidez de alto risco, com 9 pedras no rim, fazia ultrassom semanalmente.
Graças a Deus, Lorena nasceu perfeita. Acreditei que na terceira cesária o médico ia ligar minhas trompas; para minha surpresa ele não ligou. - Vc casou de novo, seu marido só tem essa filha. Vamos esperar, seu útero está ótimo.
Nessa conversinha mole, com um ano e meio de diferença nasceu o Lucas.
O organismo já descompensado não conseguiu emagrecer, com o pouco tempo de intervalo. Não engordei na gravidez dele, mas me descobri hipertensa e diabética, dependente de insulina. Lucas nasceu perfeito, aos 8 meses de gestação.
Trompas finalmente ligadas, começou meu calvário na luta pela forma perdida.
Me tratava com duas endocrinologistas, uma especialista em diabetes, a outra a que sempre me acompanhou. Fazia os exames da tireoide periodicamente, media glicose, a hipertensão regrediu após o nascimento do meu filho. Dieta prescrita pela nutricionista, balanceada, 1200 calorias/dia. Vamos nós!
Consegui emagrecer 60 quilos! Emagreci "apenas" uma outra pessoa!!
Nessa luta, troquei de dieta várias vezes, pois meu organismo acostumava-se ao cardápio.
Encontrei a dieta dos pontos, do Dr Alfredo Halpern, e a dieta de proteínas do Dr Atkins, que me fez perder 10 quilos em um mês! Sentia tontura, uma leve falta de força, fazia exercicios de musculação, me sentia ótima.
Eu só parecia ótima: não consegui parar de emagrecer, e cheguei aos 65 quilos tendo um metro e oitenta de altura.
Desmaiava constantemente.
A endocrinologista pediu exames, tava lá: 23% de hematócrito, anemia séria, precisando de transfusão de sangue.
E vamos para a dieta ao contrário! Comer aveia, mingau, tudo com ferro, muito ferro.... engordei gradativamente, não os 60 quilos, mas foi-se meu corpo de jovem de novo.
Descobri então a doença metabólica, que me faz alternar quadros de hipertireiodismo e hipotireoidismo. Meu metabolismo não funciona mais sozinho!
Achei a dieta dos pontos maravilhosa, mas e o saco de contar calorias? Não consegui seguir!
Sem exercícios, a dieta de proteínas não funciona bem, é perigosa pela quantidade de gorduras contida no cardápio.
Descobri que a médica me receita um "acelerador" metabólico que piorou ainda mais o quadro da minha tireóide.
Mudei de cidade e mudei de endocrinologista.
Comecei um tratamento mais lento, com uma dieta mais livre, comendo de tudo, com equilibrio.
Emagreci 17 quilos em um ano e meio.
E continuo seguindo a medicação certa para minha tireóide e comendo mais proteínas do que carboidratos.
Parei de ser a neurótica da dieta, porque isso só me fazia engordar mais!
Não deixo de comer fora, de tomar uma cervejinha, de ficar só na vontade..... a história da reeducação alimentar é fato! Dieta radical faz efeito durante um tempo, depois.... a balança sobe!
É isso amores!
Falei pra caramba!!
beijocas
Mô
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